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quinta-feira, 4 de março de 2010

“... Em que desprezamos nós o teu nome?"

O profeta Malaquias profetizou aos israelitas cerca de cem anos após os primeiros exilados terem regressado do cativeiro babilônico, é possível perceber ao longo da leitura do livro que o templo do Senhor já havia sido reedificado e os sacrifícios restaurados. Ao escrever à nação, Malaquias desmascara a insensibilidade espiritual de Judá pós - exílica.
Em todo o texto observamos a expressão “EM QUÊ?": "Em que nos amaste?"; "Em que desprezamos nós o teu nome?"; "Em que te roubamos?"; "Em que temos falado contra ti?". Eles haviam perdido a comunhão com Deus e acreditavam piamente que o simples fato de “cumprirem” os rituais sacrificiais era o suficiente para agradar a Deus, não conseguiam discernir entre o certo e o errado, ofereciam a Deus animais defeituosos e achavam que isso seria o suficiente para Deus, mas que isso, acreditavam que estava extremamente satisfeito com suas ofertas. Daí questionarem a Deus com estas expressões “EM QUÊ”.
“Porque quando trazeis animal cego para sacrificardes, não faz mal! E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz mal?...” (Ml.1.8); “...Vós ofereceis o roubado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta; ser-me-á aceito isto de vossa mão? Diz o Senhor.” (Ml. 1.13). A lei estabelecia todas as diretrizes para o sacrifício, “Nenhuma coisa em que haja defeito oferecereis, porque não seria aceito a vosso favor” (Lv. 22.20); “O cego, ou quebrado, ou aleijado, ou verrugoso, ou sarnoso, ou cheio de impigens, este não oferecereis ao Senhor...” (Lv. 22.22). E apesar de terem este conhecimento, ofereciam ao Senhor o vil e desprezível. Na verdade, Deus não estava preocupado com o valor monetário da oferta, pouco importava se era oferecido um boi, um bode, um par de pombinhos ou rolinhas ou até mesmo a décima parte de uma efa de flor de farinha (considere os vários tipos de sacrifícios: Holocausto, Oblação, Oferta de paz, Oferta pelo pecado, Sacrifício de restituição); e sim com a essência desta oferta, se esta de fato representava a primícia do povo.
Saímos da lei para a graça, mas não da primícia para o resto. Deus permanece requerendo de seu povo o melhor. Será que temos ofertado nosso melhor ou estamos semelhantemente à Judá pós – exílica ofertando o vil e o desprezível e dizendo “EM QUE SENHOR TEMOS TE OFERTADO O VIL E O DESPREZÍVEL?”. Que o Senhor Jesus fale mais profundamente em nossos corações.
Autora: Rosana Gomes

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