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sábado, 13 de março de 2010

O AVIVAMENTO PELA PALAVRA





(Por Valéria Viana*)

“ E Hilquias respondeu e disse a Safã, o escrivão: Achei o livro da Lei na Casa do Senhor [...]”.II Cr 34.15



O texto bíblico em destaque reporta-se aos tempos do rei Josias (por volta de 630 anos a. C). É imperioso aqui ressaltar que o nascimento de Josias foi vaticinado pelo profeta do Senhor (a Bíblia não diz exatamente o nome desse homem de Deus), ainda no reinado do Rei Jeroboão I, há aproximadamente 320 anos antes de seu nascimento (I Rs 13.2).

Antes de refletirmos especificamente sobre o texto trazido à baila, divagaremos um pouco sobre a triste realidade de seu contexto histórico, para que assim possamos compreender o deplorável fato de que o livro da Lei estivesse perdido (durante décadas, diga-se de passagem) dentro da própria Casa do Senhor.

Assim sendo, convocamos o leitor, para conosco retroagir a alguns reinados, que antecederam ao rei Josias, acompanhando-nos numa amistosa viagem no tempo...

Todos nós lembramos da história de Ezequias, não é verdade? Pois bem. O Rei Ezequias, bisavó do rei Josias, gerou ao rei Manassés (avô de Josias, portanto). A Bíblia relata que Manassés reinou 55 anos e fez o que era mau perante aos olhos do Senhor (II Rs 21). Seu reinado foi, conseqüentemente, o mais extenso da história política de Israel, tratava-se de um rei ímpio e pervertido, vindo a influenciar de maneira negativa toda a sua geração.

Para termos uma idéia da magnitude de sua perversão, bastaria que lêssemos II Rs 21.9 (porque Manassés de tal modo fez errar, que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel).

Ao contrário de seu pai (Ezequias), Manassés foi um dos reis mais idólatra de Israel, cometeu todas as abominações dos povos pagãos, reconstruiu os altares de Baal (que já haviam sidos derrubados no reinado de Ezequias), adorou todas as hostes dos céus e todos os astros celestes como se fossem deuses, construiu altares dentro do templo do Senhor, e, como se não bastasse, participou da abominável prática pagã daquela época que consistia em sacrificar seus próprios filhos aos deuses, fazendo-os passar pelo fogo (II Rs 21.6)

A atuação perversa de Manassés foi perpetuada mesmo após a sua morte, quando da ascensão de seu filho Amom (pai de Josias) ao trono. Amom, por sua vez, também fez o que era mau aos olhos do Senhor e “xerocopiou” todas as práticas pagãs e abomináveis de seu pai (II Rs 21.20).

Felizmente, o reino de Amom, diferentemente do de Manassés, teve “vida curta”, perdurou por apenas dois anos, vindo este a ser assassinado pelos seus próprios servos, em sua própria casa (II Rs 21.23).

Bom, agora que já somos conhecedores desses fatos, talvez já esteja na hora de abreviarmos um pouco essa história e chegarmos logo ao reinado de Josias, não acha? Pois vamos lá...

Com a morte de Amom, Josias foi proclamado rei, sendo ele visto como o legítimo sucessor do trono (II Rs. 22). Era de se esperar que Josias, filho de Amom e neto de Manassés (com já dissemos, uns dos piores reis de Israel) estivesse também fadado a ser mais um rei perverso, mais um apóstolo da idolatria e do paganismo disseminados por seus pais, naquela época. O que (pasmem os senhores) não ocorreu.

Contrariando a lógica humana, Josias nasceu para FAZER A DIFERENÇA! Deus, em sua onisciência já havia determinado (há, aproximandamente, 320 anos antes), que ele seria um poderoso instrumento nas Suas mãos, e iria promover um dos maiores avivamento em sua geração, como demonstra a palavra profética, proferida pelo homem de Deus:

“Altar, altar! Assim diz o Senhor: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti” - II Rs 13.2).

Como era de se esperar, Deus, mais uma vez, intervém no curso da deplorável história política e espiritual de seu povo, e prova que “filho de peixe, pode não ser peixinho”. Pois Josias, a despeito de ser precedido por seus pais ímpios e idólatras, nada herdou deles.

Deus já havia delineado um grande projeto para sua vida: Josias seria um canal de bênçãos e um dos reis mais comprometidos com a restauração espiritual de povo israelita. Seria, portanto, um verdadeiro adorador e um genuíno instrumento nas mãos do Senhor. Conforme veremos adiante.

Aos oito anos, Josias foi coroado rei (II Cr. 34.1), mas foi aos seus dezesseis anos que ele fora impulsionado a buscar ao Senhor, único e verdadeiro Deus, que o capacitou para a árdua tarefa de restabelecer o culto ao Deus de Davi, seu pai.

A Bíblia relata, pelo menos, 28 atitudes retas e positivas do rei Josias, todas elas deflagradas no afã de promover a restauração do culto a Deus, dentre as quais citamos: a derrubada dos altares de baalins, a reparação da Casa de Deus, a purificação de todas as cidades de Israel, a renovação da aliança entre o povo e o Senhor, a restauração do sacerdócio levítico, a celebração da páscoa (instituída na época de Moisés, e agora extirpada do meio do povo), culminando, inclusive, com a incineração dos ossos de falsos profetas sobre os altares dos deuses por eles construídos, tudo em cumprimento a profecia já citada (II Rs 13.2).

De todo o exposto, o que mais nos intriga é o que descreve a Palavra do Senhor, em II Crônicas 34.15, texto bíblico que inaugurou a presente reflexão:

“E Hilquias respondeu e disse a Safã, o escrivão: Achei o livro da Lei na Casa do Senhor [...]”.II Cr 34.15

Para quem não se lembra, Hilquias era o pai do profeta Jeremias (Jr 1.1) e, também, o sumo sacerdote daquela época. A exclamação de Hilquias causa uma espécie de espanto em qualquer pessoa que se professa cristã.

Seria cômico, se não fosse trágico, o fato de que o Livro da Lei (o Pentateuco, dado por mãos de Moisés) tivesse sido ACHADO NO TEMPLO do Senhor, local onde deveria ocupar uma posição de destaque e evidência. Infelizmente, não foi assim.

Se o livro da Lei foi achado, é porque, obviamente, estava perdido durante todo esse tempo (repita-se: mais de cinco décadas de esquecimento da Palavra de Deus, promovido durante os reinados de Manassés e Amom, antecessores do rei Josias).

A afirmação de Hilquias serve, assim, como uma espécie de “termômetro” espiritual, capaz de auferir o grau de letargia e decadência moral e espiritual de Israel, revelando o descaso desse povo para com Deus e a Sua sacrossanta Palavra.

Durante anos, ensinaram a Josias que foi Deus quem havia abandonado o seu povo, e que por isso Israel estava sofrendo tamanhas mazelas. Entretanto, quando leram para o rei o texto da Lei do Senhor, ele foi capaz de perceber a inveracidade dessas informações e compreender a verdadeira causa do declínio espiritual de Israel, e qual a razão do furor do Senhor.

A Bíblia relata que Josias rasgou a suas vestes, em sinal de humilhação a Deus. Mas não termina por aí: Ele também, ciente, da transgressão desenfreada de seu povo, envia mensageiros a profetiza Hulda, a fim de saber qual era, naquele momento, a intenção do Senhor para com o seu povo, que havia desprezado o Senhor. Tudo isto numa tentativa de promover uma reconciliação entre Deus e Israel.

Como Deus não despreza um coração quebrantado, o Senhor fala, por meio de Hulda, que pouparia seu Servo Josias de ver todos os males que viriam sobre Israel, não sendo razoável castigá-lo, visto que ele havia se humilhado perante o Senhor de todo o seu coração. Como sabemos, Deus é justo e opera sob os mais elevados padrões de justiça.

A partir do conhecimento do Livro da Lei, Josias não apenas se humilhou, mas foi mais além: prosseguiu no seu anelo ardente de pautar toda a sua vida em conformidade com a vontade do Senhor e influenciar todas as demais pessoas de sua época nesse desiderato (II Cr. 34.30,31), e assim o fez.

Só o conhecimento da genuína Palavra de Deus é capaz de promover tamanha mudança de comportamento, culminando com um verdadeiro avivamento para toda uma geração, como ocorreu nos tempos do rei Josias.

É cogente que nós (como fez Hilquias) diligenciemos também com o escopo de “achar o livro da Lei” (a Palavra de Deus) que, por algum motivo, talvez esteja extraviado em nossas vidas ou em nossas igrejas.

O mundo está abarrotado de religiões, e as igrejas empilhadas de pessoas. Talvez não seja tão fácil discernir, qual a melhor igreja para se congregar, pois todas elas (aparentemente) falam da Palavra e de Jesus Cristo.

Não obstante a esse cenário caótico, uma coisa é certa: o que vai fazer a diferença entre a igreja “x” e a igreja “y”, entre o cristão falso e o verdadeiro, entre o joio e o trigo, entre as virgens prudentes e as loucas, não será a suntuosidade do templo em que congregamos, não será o número de seus membros, não será a influência política que estaremos exercendo na sociedade, não será, enfim, o grau de escolaridade e o status social que os crentes ocupem; mas será, indubitavelmente, a posição que a Palavra de Deus esteja ocupando nessas igrejas e em nossas vidas.

Assim como Josias não podemos compactuar com a letargia espiritual que assola nossas igrejas, não podemos adotar o mesmo modus vivendi do mundo pagão, alijado de Deus e da Sua Palavra. Precisamos privilegiar a Palavra de Deus em nossos púlpitos, em nossos lares, e em nossas vidas, nada será capaz de substituí-la, por mais moderno e sofisticado que sejam os cultos na atualidade, só Ela (a Palavra) deverá ter a primazia que lhe é devida, e ocupar o seu verdadeiro espaço, não podendo ser relegada a segundo plano.

Só a Palavra de Deus muda comportamentos e transforma vidas. Pois Ela é viva e eficaz, sonda os rins e os corações dos homens, Ela sara, purifica, santifica e regenera o ser humano decaído. Ela é a Espada do Espírito com a qual a Igreja apaga todos os dardos inflamados do maligno, e será esta Palavra que vai fazer a diferença na vida do cristão verdadeiro, distinguindo-o, por conseguinte, do apócrifo.

Sendo assim, nós, também, só faremos a diferença neste mundo tenebroso, quando pautarmos nossas vidas nos ditames da Palavra de Deus, conhecendo e cumprindo a Sua vontade.

Que Deus “levante” e capacite muitos jovens como “Josias”, dispostos a cumprirem, integralmente, os desígnios do Senhor, promovendo um poderoso avivamento espiritual e influenciando positivamente nossa Geração para Deus, o que, com certeza, FARÁ A DIFERENÇA nessa Terra.

*Mensagem proferida na Consagração da Mocidade. Templo Sede em Salvador Lyra. Aos 13 de março de 2010.

quinta-feira, 4 de março de 2010

JOVENS QUE FAZEM A DIFERENÇA




Consagração da Mocidade da Assembléia de Deus no Salvador Lyra convoca a todos para participarem da Campanha de Oração que terá início dia 06 de Março a 17 de Abril de 2010 e ocorrerá aos sábados a partir das 09:00hs da manhã.
Tema:JOVENS QUE FAZEM A DIFERENÇA


O Senhor tem levantado uma geração consagrada para fazer a diferença neste mundo.
Jovens que negam os prazeres do mundo porque querem conhecer a boa, a perfeita e agradável vontade de Deus. Tendo assim, um íntimo relacionamento com Deus.
Jovens que possuem um estilo de vida diferente, porque são tementes ao Senhor. Adoradores por excelência que exalam o perfume de Jesus por qualquer lugar que passem.
A Bíblia diz em Daniel.1.8 a : “E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei”. Assim como Daniel VAMOS FAZER A DIFERENÇA!

“... Em que desprezamos nós o teu nome?"

O profeta Malaquias profetizou aos israelitas cerca de cem anos após os primeiros exilados terem regressado do cativeiro babilônico, é possível perceber ao longo da leitura do livro que o templo do Senhor já havia sido reedificado e os sacrifícios restaurados. Ao escrever à nação, Malaquias desmascara a insensibilidade espiritual de Judá pós - exílica.
Em todo o texto observamos a expressão “EM QUÊ?": "Em que nos amaste?"; "Em que desprezamos nós o teu nome?"; "Em que te roubamos?"; "Em que temos falado contra ti?". Eles haviam perdido a comunhão com Deus e acreditavam piamente que o simples fato de “cumprirem” os rituais sacrificiais era o suficiente para agradar a Deus, não conseguiam discernir entre o certo e o errado, ofereciam a Deus animais defeituosos e achavam que isso seria o suficiente para Deus, mas que isso, acreditavam que estava extremamente satisfeito com suas ofertas. Daí questionarem a Deus com estas expressões “EM QUÊ”.
“Porque quando trazeis animal cego para sacrificardes, não faz mal! E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz mal?...” (Ml.1.8); “...Vós ofereceis o roubado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta; ser-me-á aceito isto de vossa mão? Diz o Senhor.” (Ml. 1.13). A lei estabelecia todas as diretrizes para o sacrifício, “Nenhuma coisa em que haja defeito oferecereis, porque não seria aceito a vosso favor” (Lv. 22.20); “O cego, ou quebrado, ou aleijado, ou verrugoso, ou sarnoso, ou cheio de impigens, este não oferecereis ao Senhor...” (Lv. 22.22). E apesar de terem este conhecimento, ofereciam ao Senhor o vil e desprezível. Na verdade, Deus não estava preocupado com o valor monetário da oferta, pouco importava se era oferecido um boi, um bode, um par de pombinhos ou rolinhas ou até mesmo a décima parte de uma efa de flor de farinha (considere os vários tipos de sacrifícios: Holocausto, Oblação, Oferta de paz, Oferta pelo pecado, Sacrifício de restituição); e sim com a essência desta oferta, se esta de fato representava a primícia do povo.
Saímos da lei para a graça, mas não da primícia para o resto. Deus permanece requerendo de seu povo o melhor. Será que temos ofertado nosso melhor ou estamos semelhantemente à Judá pós – exílica ofertando o vil e o desprezível e dizendo “EM QUE SENHOR TEMOS TE OFERTADO O VIL E O DESPREZÍVEL?”. Que o Senhor Jesus fale mais profundamente em nossos corações.
Autora: Rosana Gomes